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Palavras são armas

“a luta de classes é a mãe de todas as lutas”

Palavras são armas

“a luta de classes é a mãe de todas as lutas”

Uma nova geração made in USA

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 Ver aqui»» Circo $ Vergonha

Um cronista da nossa praça, numa das suas arengas sobre o circo eleitoral amaricano, referia que serão necessárias várias gerações de políticos para que algo mude. Os ovos são das mesmas víboras, gerados na Goldman Sachs e Wall Street e, a não ser que recorram a mutações genéticas, o circo amaricão continuará a apresentar parelhas de trumps e bidens representando sketches entre o macabro e o ridículo.

Estas são as imagens perfeitas de um Estado que ao se desrespeitar, não pode nem deve ser respeitado.

 

 

Ler e participar

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Os congressos do PCP, são o culminar de amplas análises coletivas durante meses, refletem todas as nossas vivências inseridas no universo em que estamos inseridos.

As nossas teses com 80 páginas A4, distribuídas pelos militantes e postas à disposição de quem quiser participar abrangem a:

- Situação Internacional (14 páginas)

- Situação Nacional (30 páginas)

- A luta de classes e a alternativa patriótica e de esquerda (17 páginas)

- O Partido (15 páginas)

É um trabalho sério, pertinente e responsável, e, não aquelas reuniões decididas por grupos em confronto estilo Trump, onde se agridem e insultam ignorando os problemas do povo que os alimenta.

 

É esta a razão por que nos agridem!

 

Morte mais que suspeita

Em Istambul as autoridades turcas investigam a morte do jornalista russo-americano Andre Vltchek.

Andre Vltchek de 57 anos, analisava a política ocidental face aos governos russo, chinês, iraniano e sírio. A sua morte foi considerada suspeita pela polícia turca, de acordo com ABC News.

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Será que um ditador poderia desejar melhor?

Toda a população do Império, ou quase, pensando da mesma maneira!

A população é educada nas escolas e as equipas universitárias são compostas por docentes, professores submissos e covardes.

A população é informada por centenas de milhares de jornalistas e analistas servis. Não há praticamente nenhuma diferença do discurso oficial. Parabéns, Império Ocidental! Tu conseguiste onde outros falharam. Tu obtiveste a quase total e absoluta obediência e disciplina e, total servilismo. Melhor ainda, a maioria das pessoas pensam que se autocontrolam. Acreditam que são livres de escolher, que podem decidir.

Estão convencidas de que sua a civilização é a maior civilização que a Terra já conheceu

Andre Vltchek

(publicado em 2019)

“Nós” - Cesário Verde

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Nós

I

Foi quando em dois verões, seguidamente, a Febre

E o Cólera também andaram na cidade,

Que esta população, com um terror de lebre,

Fugiu da capital como da tempestade.

 

Ora, meu pai, depois das nossas vidas salvas

(Até então nós só tivéramos sarampo),

Tanto nos viu crescer entre uns montões de malvas

Que ele ganhou por isso um grande amor ao campo!

 

Se acaso o conta, ainda a fronte se lhe enruga:

O que se ouvia sempre era o dobrar dos sinos;

Mesmo no nosso prédio, os outros inquilinos

Morreram todos. Nós salvamo-nos na fuga.

 

Na parte mercantil, foco da epidemia,

Um pânico! Nem um navio entrava a barra,

A alfândega parou, nenhuma loja abria,

E os turbulentos cais cessaram a algazarra.

 

Pela manhã, em vez dos trens dos batizados,

Rodavam sem cessar as seges dos enterros.

Que triste a sucessão dos armazéns fechados!

Como um domingo inglês na City, que desterros!

 

Sem canalização, em muitos burgos ermos

Secavam dejeções cobertas de mosqueiros.

E os médicos, ao pé dos padres e coveiros,

Os últimos fiéis, tremiam dos enfermos!

 

Uma iluminação a azeite de purgueira,

De noite amarelava os prédios macilentos.

Barricas de alcatrão ardiam; de maneira

Que tinham tons de inferno outros arruamentos.

 

Porém, lá fora, à solta, exageradamente,

Enquanto acontecia essa calamidade,

Toda a vegetação, pletórica, potente,

Ganhava imenso com a enorme mortandade!

II

Num ímpeto de seiva os arvoredos fartos,

Numa opulenta fúria as novidades todas,

Como uma universal celebração de bodas,

Amaram-se! E depois houve soberbos partos.

 

Por isso, o chefe antigo e bom da nossa casa,

Triste de ouvir falar em órfãos e em viúvas,

E em permanência olhando o horizonte em brasa,

Não quis voltar senão depois das grandes chuvas.

 

Ele, dum lado, via os filhos achacados,

Um lívido flagelo e uma moléstia horrenda!

E via, do outro lado, eiras, lezírias, prados,

E um salutar refúgio e um lucro na vivenda!

 

E o campo, desde então, segundo o que me lembro,

E todo o meu amor de todos estes anos!

Nós vamos para lá; somos provincianos,

Desde o calor de maio aos frios de novembro!

III

Tínhamos nós voltado à capital maldita,

Eu vinha de polir isto tranquilamente,

Quando nos sucedeu uma cruel desdita,

Pois um de nós caiu, de súbito, doente.

 

Uma tuberculose abria-lhe cavernas!

Dá-me rebate ainda o seu tossir profundo!

E  eu sempre lembrarei, triste, as palavras ternas,

Com que se despediu de todos e do mundo!

 

Pobre rapaz robusto e cheio de futuro!

Não sei dum infortúnio imenso como o seu!

Vi o seu fim chegar como um medonho muro,

E, sem querer, aflito e atónito, morreu!

 

De tal maneira que hoje, eu desgostoso e azedo

Com tanta crueldade e tantas injustiças,

Se inda trabalho é como os presos no degredo,

Com planos de vingança e ideias insubmissas.

 

E agora, de tal modo a minha vida é dura,

Tenho momentos maus, tão tristes, tão perversos,

Que sinto só desdém pela literatura,

E até desprezo e esqueço os meus amados versos!

 

Cesário Verde

Mon fils chante - Juliette Gréco

Mon fils chante

Pour ceux qui entrent dans la danse
Au nom de la grande espérance
Au mépris de leur vie
Mon fils chante
Pour ceux qui luttent pour la vie
Sans autres armes que leur vie
Pour qu'ils vivent longtemps
Mon fils chante
Pour ceux qui combattent la nuit
Pour le jour où le soleil luira
Pour tous les hommes
Mon fils chante
Pour ceux qui meurent en chemise
A l'aube du temps des cerises
Sous les yeux des fusils
Mon fils chante


{Refrain:}


Mon fils et toi le fils
Qui naîtra de mon fils
Tant que meurt la liberté
Pour que la liberté
Vive dans le monde entier
Mon fils il faut chanter
Pour ceux qui poussent sans espoir
La porte étroite de l'histoire
Au nom de l'idéal mon fils chante
Pour ceux qu'on traîne dans le noir
Sur le sol du dernier couloir
Des chambres de tortures
Mon fils chante
Pour ceux qui ne verront jamais
Plus le soleil rouge de mai
Sur le port du Pirée mon fils chante
Pour ceux qui jusque dans la mort
Ont la force de vivre encore
Pour ceux qui vont vivre
Mon fils chante

{au Refrain}

Juliette Gréco

(Maurice Fanon, Gérard Jouannest)

O Terceiro Corvo - Ana Hatherly

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O Terceiro Corvo

 

Oh Lisboa
como eu gostava de ser
o terceiro corvo do teu emblema…
estar implícita na tua bandeira
negra e branca
como tinta e papel
como escrita e espaço!

 

Ser teu desenho
tua nova lenda
invenção deste século
que já não inventa
e se interroga:
donde vieram estes corvos?

 

Como tu, Vicente,
eu também não sou de cá
não sou daqui
não pertenço a esta terra
e talvez nem sequer a este mundo…

 

Porém estou aqui
nesta dolorosa praia lusitana
cheia de um tumulto inútil
que enegrece as tuas areias
e polui o ventre do rio
que os golfinhos há muito desertaram

 

E olhando as nuvens dedilhadas pelo vento
sentindo a terna dor do teu sentir sentido
peço-te, Lisboa:
surge de novo bela
reinventa
a santidade perdida do teu emblema

 

Ana Hatherly

in Em Lisboa sobre o mar, Poesia 2001-2010

 

SONHO DE MÃE NEGRA - Marcelino dos Santos (Kalungano)

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SONHO DE MÃE NEGRA

 

Mãe negra

Embala o seu filho

E esquece

Que o milho já a terra secou

Que o amendoim ontem acabou.

 

Ela sonha mundos maravilhosos

Onde o seu filho irá à escola

À escola onde estudam os homens  

 

Mãe negra

Embala o seu filho

E esquece

Os seus irmãos construindo vilas e cidades

Cimentando-as com o seu sangue

Ela sonha mundos maravilhosos

Onde o seu filho correria na estrada

Na estrada onde passam os homens

 

Mãe negra

Embala o seu filho

E escutando

A voz que vem do longe

Trazida pelos ventos

 

Ela sonha mundos maravilhosos

Mundos maravilhosos

Onde o seu filho poderá viver.

 

 Marcelino dos Santos (Kalungano)

 

O mágico

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Primeiro-Ministro, 19 Ministros, 50 Secretários do Estado, Subsecretários e um ror de diretores e porteiros. Assembleia da República do Presidente Ferro, conta com 230 Deputados que se desdobram em grupos de trabalho abrangendo um enorme universo de saberes e sabenças.

Mas nem tudo é perfeito: faltava um mágico. Em tempos de pandemia, há os que se agarram a crenças, outros à cartomancia ou ainda os que consultam o horóscopo.

O Governo, pôs de parte todo o seu potencial inútil, e entregou o nosso futuro a um teúrgico que nos abrirá as portas e janelas de um mundo maravilhoso.

É só esperar!

O que para muitos passa despercebido

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Na Antena 2, “O programa Há 100 anos recupera a imprensa de 1917”, para quem se der ao trabalho de o consultar, ouve a reprodução do anticomunismo da época, o mais primário que se possa imaginar. Mas, claro, não se tratou de fazer anticomunismo, era um retrato da época, que por acaso, puro acaso, surgia nas ocasiões que melhor pudesse influenciar o presente. E, como a partir de 1920 o vírus do fascismo começa a desenhar-se.

O que é que fizeram os donos da Antena 2?

O programa recuou 100 anos passando a transmitir as notícias de “Há 200 Anos .“

Tudo acontece por acaso, e também por acaso o “Café Plaza” p.e. «uma viagem sonora pelas grande canções e vozes do passado» só encontra passado, com breves exceções, nas terras de Trump, como se o resto do mundo tivesse perdido o seu passado.

Os media estão minados e, por sinuosos meios vêm amparando o fascismo a que meigamente apelidam de “populismo.”

 

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