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Palavras são armas

“a luta de classes é a mãe de todas as lutas”

Palavras são armas

“a luta de classes é a mãe de todas as lutas”

O DESCONFINAMENTO ESTÁ AQUI:

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O DESCONFINAMENTO ESTÁ AQUI:

É URGENTE REFORÇAR O ORÇAMENTO DO SNS PARA DEFENDER A SAÚDE DOS PORTUGUESES E, ASSIM, GARANTIR O FUNCIONAMENTO DA ECONOMIA SEM A QUAL AS CONSEQUENCIAS ECONÓMICAS E SOCIAIS SERÃO DRAMÁTICAS PARA OS PORTUGUESES

A grave crise de saúde pública causada pelo “coronavírus”, que gera a incerteza e a insegurança, está a destruir a economia e o emprego, a reduzir a produtividade e a riqueza criada no país, a agravar as profundas desigualdades que já existiam, e a alastrar rapidamente a pobreza (antes da pandemia já mais de 1.700.000 viviam no limiar da pobreza, atualmente serão muito mais de 2.000.000)A economia não pode nem fechar nem parar pois sem ela o país e a vidas dos portugueses estarão condenados ao retrocesso e à pobreza. É urgente defender a saúde dos portugueses também para que a economia possa funcionar. Para conseguir é necessário investir muito mais no SNS, e apesar do governo afirmar que está a disponibilizar ao SNS os meios que este necessita para cumprir tal tarefa, isso não corresponde à verdade. É o que vamos mostrar com dados do próprio Ministério da Saúde. AS TRANFERÊNCIAS DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA O SNS SÃO SEMPRE MUITO INFERIORES À SUA DESPESA TOTAL MESMO EM 2020 E 2021 O QUE CAUSA O SUBFINACIAMENTO CRÓNICO QUE DESTRÓI E INCAPACITA O SNS Mesmo com a pandemia, e com agrave crise da saúde publica, também em 2020 e em 2021 as transferências do Orçamento do Estado para o SNS são muito inferiores à despesa do SNS, o que determina que este continue a carecer dramaticamente de meios.

Ler estudo AQUI

Pode o Centenário do PCP chegar a todo o lado? Pode!

Pode o Centenário do PCP chegar a todo o lado? Pode!

O Centenário pode ser «usado», «vestido», «exposto»

VALORES No âmbito das comemorações do Centenário do Partido foram produzidos materiais para venda, permitindo que todos possam levar consigo o significado profundo destes 100 anos de vida e luta do PCP.

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São muitos os materiais evocativos do Centenário do PCP que se encontram à disposição: blocos, camisolas para homem, mulher e criança, três canecas diferentes e três sacos de pano, ímanes, cadernos para colorir com lápis de cor, esferográficas, lápis, caixas de música com A Internacional, fitas de pulso e pescoço, porta-chaves com saca caricas e o cartaz. Quanto ao emblema – uma edição única, como desde o início se afirmou –, a sua venda está a ser um êxito.

Particular destaque merece a medalha do Centenário, da autoria do escultor e conceituado medalhista João Duarte: serão produzidos 100 exemplares, numa alusão aos 100 anos do PCP, e o custo unitário será de 100 euros. Na memória descritiva da peça, o artista explica que, no seu interior, se observa uma elevação formal em vários planos, em acrílico vermelho, com um movimento representando a intensa actividade do Partido, com determinação e coragem na acção e intervenção na sociedade. No segundo movimento da medalha, no anel exterior de aço inox, está patente a firme posição internacional do PCP no mundo, contribuindo para o reforço do Movimento Comunista Internacional.

A obra e o artista

Se a obra fala por si, a escolha do artista não é menos significativa. João Duarte é um escultor de renome mundial e um dos grandes responsáveis pela medalhística portuguesa ser, hoje, uma das mais reconhecidas do mundo. Nascido em 1952 na cidade de Lisboa, licenciou-se em Escultura na Escola Superior de Belas Artes. Foi professor dos ensinos Secundário e Superior. Integra, desde 1990, a Federação Internacional da Medalha (FIDEM) e em 2009 foi eleito membro efectivo da Academia Nacional de Belas Artes.

É membro da associação Sculptors Guild, Inc., de Nova Iorque, e da Sociedade Nacional de Belas Artes. Ajudou a fundar a Associação de Artistas Plásticos do Concelho de Vila Franca de Xira, o grupo Anverso/Reverso — Medalha Contemporânea e o «Grupumus», constituído por si e pelas pintoras Luísa Nogueira e Carmo Pólvora. Em 2013, viu a sua extensa e valiosa obra reunida no livro João Duarte – 30 Anos de Medalha e Moedas, editado em versão bilingue pela Imprensa Nacional Casa da Moeda.

 

 

Tudo tão contaminado, tão vesgo.

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E a requisição civil? O Governo deve avançar para a requisição civil do setor privado e das parcerias público-privadas (PPP) da saúde caso se chegue a uma situação de emergência com a covid-19?

«O preço de internamento de doentes Covid-19 em hospitais privados era de 1962 euros, sendo agora 2495 euros. - um aumento de 533 euros em relação à convenção que existia e que foi agora renovada

 Nos cuidados intensivos, o preço foi desdobrado em duas fases: ventilação inferior a 96 horas, corresponde a 6036 euros, e ventilação superior a 96 horas, são 8491 euros.» Quem fiscaliza?

Estado de emergência, Estado de exceção ou calamidade

Fomos todos convocados no combate à pandemia, participamos disciplinadamente e sofremos as consequências daí decorrentes. Todo o tecido social foi afetado, e as empresas privadas, que deveriam ser convocadas para este esforço coletivo, arrecadam milhões. É legal dirão alguns, é desumano beneficiar com o sofrimento alheio, dirão muitos, até porque o dinheiro pago pelo Estado aos hospitais privados é Nosso.

 

O SACRISTÃO

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Em Fátima, no final da missa, Marcelo lançou a dica, incenso que os media iriam espargir por toda a santa comunidade, um sacristão sempre atento e preocupado com o PCP a CGTP (Festa do Avante! – 1º de Maio) que acatem o conselho para que se vacinem, não se constipem, mas principalmente que não se reúnam porque as suas decisões são virais e não agradam ao grande patronato.

Lá teremos que aturar a sega-rega que nos matraqueou a mona quando da Festa do Avante! !

Um livro ao domingo - A arte, o artista e a sociedade

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A arte, o artista e a sociedade

Reflectir e fazer, poderia ser a dupla chave com que Álvaro Cunhal abordou a realidade, os problemas, os sonhos, os projectos, o mundo em que viveu. Homem de interesses e de actividades múltiplas, sempre subordinados à política - uma política ao serviço dos trabalhadores, do povo e do País -, o dirigente comunista, o ensaísta, o escritor, também se interessou profundamente pela arte. Reflectindo e praticando.

São conhecidos muitos dos seus trabalhos. As reproduções dos seus Desenhos da Prisão são provavelmente hoje as obras de arte mais divulgadas em todo o País, embelezando as casas de muitos portugueses, não apenas de comunistas, mas sobretudo de trabalhadores e de intelectuais.

São trabalhos, que, como os outros todos que se conhecem ao autor, provêm de uma amadurecida experiência da vida onde se mistura o sonho e o projecto. Onde o dramatismo das lutas populares e as alegrias da festa vivem no traço enternecido com que as personagens são tratadas. A violência da repressão, a dignidade da revolta, a alegria infantil ou a serena beleza de uma ceifeira deixam ver um país e, para lá dele, o futuro colectivo das gentes empenhadas em transformá-lo.


Integrados numa já afirmada perspectiva neo-realista, os desenhos e as pinturas de Álvaro Cunhal marcam um tempo de luta. Mas não deixam de perspectivar as aspirações de harmonia e de beleza.


Ao mesmo tempo que, na prisão, usando o lápis e o papel - e mais raramente a cor e a tela - reflectia e sonhava o mundo, o autor ia, ao longo dos anos, reflectindo sobre o fenómeno intrinsecamente humano da arte, das suas raízes e do seu valor social, surgindo finalmente o livro A arte, o artista e a sociedade, uma obra que não pretende impor uma visão, mas que veio enriquecer o estudo e a perspectiva sobre o fenómeno estético.

 

NÃO AO ÓDIO por Fernando Buen Abad

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NÃO AO ÓDIO

Semiótica de certas Paixões Baixas.

Campanha Mundial para Erradicar a Cultura do Ódio nos “Meios de Comunicação” 

 

Instituto de Cultura y Comunicación / Centro Sean MacBride. UNLA.

Fernando Buen Abad Domínguez 

Entre as muitas emoções retrógradas, com que convivemos obrigatoriamente, o ódio destaca-se pela sua irracionalidade e estultícia. Para a espécie humana, é uma emboscada inútil, é sempre contraproducente e degradante. Quem odeia desce drasticamente os níveis de humanização, aceita uma condição de vida social mutilada e pactua, de modo tácito e explícito, uma escravidão perversa e intensa da qual muitas vezes não encontra saída, mas há, no entanto, quem muito a aprecie.

Odiar é, principalmente, uma ferida moral que nos confere a luta de classes quando nos desorientamos e perdemos de vista o lado a que pertencemos, objetiva e subjetivamente. No ódio, expressa-se a pulsão de impotência que leva a destruir tudo para simplificar as lutas, negando-as da pior forma. Quem odeia troca a forma de lutar por esforços com soluções mágicas. É sempre mais fácil embriagar-se no ódio - e agir atordoado – ainda que resulte mais arriscado e penoso.

Sob a pressão da luta de classes, surgem muitas distorções, se não há método científico e consensual. Uma fragilidade teórica e prática leva facilmente ao ódio porque se renuncia à razão argumental e organizativa em troca de catarses negacionistas levadas ao extremo pela violência estúpida, silogismos “viscerais” e colapsos éticos banhados em sangue. Pura inutilidade para a espécie humana. Alguns “progressismos” reivindicam um ódio que supõem ter força aglutinadora e mobilizadora. Vivem de um erro teórico e prático que não só não permite avançar, como é suspeito porque desloca do seu eixo a formação humanista que permite organizar forças para superar os ódios com as armas da crítica.

Há tantos tipos de ódio como distorções no método transformador. Tal variedade nasce e reproduz-se nos vazios deixados pela ignorância e pela falta de rigor para a práxis, em todos os níveis e em todas as frentes da luta, seja de um lado ou doutro. Ninguém está a salvo. Aquele que se sente dono de objetos, pessoas ou conceitos (como despojos de sua “propriedade privada”) comete um erro (às vezes voluntário) que o levará a odiar tarde ou cedo. É próprio do ódio sentir que se foi despojado de algo. E há tantas misturas de despojo combinadas com aprehensión propietaria, que se tem multiplicado e aprofundado a complexidade do repertório dos ódios. No ódio da classe opressora, conjugam-se – e inserem-se - todas as patologias do capitalismo. É um dos seus espelhos mais nítidos. É o ódio “refinado”, que se tem sofisticado, instrumentalizado e maquilhado, até parecer “amor ao próximo” ou filantropia para anestesiar insurreições populares, enquanto os odiadores se fazem passar por “bons”.

Por isso, odeiam mais quem os mais rouba. Odeiam porque acham que perdem ou por simples suspeita de serem expropriados. Odeiam os seus expropriadores, mas odeiam mais a ideia e a prática que convertem o expropriado em possessão coletiva. Existem odiadores experientes que têm cultivado grandes extensões de ódio e dele cuidam com muito esmero como se se tratasse de “novas propriedades”. Têm feito escolas de ódio muito refinadas. Contam com estruturas político-jurídicas a granel. Têm religiões, universidades e entretenimentos onde se aperfeiçoa o ódio de classe, que se difunde como “senso comum” (e como identidade) e se lhe reconhece valor de uso e valor de troca no mercado de controlo social do monopólio do poder político e do poder militar. Ódio miserável, mas, isso sim, muito rentável. Na história das burguesias, o “ódio” guarda memória de épocas muito convenientes para a apropriação do produto do trabalho alheio. Com o beneplácito de alguns “especialistas” e de seus chefes, convertem o ódio numa corrente desenfreada carregada com “novas classificações”, onde reina – sem rodeios - a ideia de que odiar é condição dos seres humanos capaz, até, de se odiarem a si mesmos com ódio funcional e contra a sua própria classe... e por conta própria. Determinismo do ódio que não tem horários. Não permitas que os noticiários burgueses te façam odiar o teu próprio povo. Não engulas o ódio oligarca como se fosse teu.

Odiar implica fazer desaparecer o oponente, exterminá-lo, mesmo com violência ignota. Com o ódio, cancela-se o debate, os diferendos, o 'ágon' grego. Suprime-se o trabalho de argumentar racionalmente para convencer com evidências. Suprime-se a contrastação de critérios ou experiências e impõe-se o individualismo aberrante de “a razão sou eu” ainda que, para isso, seja necessário usar paus e chumbo, prisão e perseguição. O ódio anula a igualdade, a liberdade, a tolerância, o respeito pela dignidade e a autonomia do outro. Uma sociedade igualitária e digna é impensável enquanto houver pessoas produzindo ódio e vendendo-o como um dos maiores negócios da História. Propagar o ódio deveria ser considerado Delito de Lesa Humanidade.

Há vítimas do ódio que não retribuem o ódio. Vítimas que têm sabido dignificar a sua dor sem permitir que ela se degrade em ódio. Espíritos e lutas exemplares que, pelo contrário, se elevaram à práxis das batalhas vindicativas, apaixonadamente e a salvo dos ódios. É imprescindível entender a natureza do ódio, suas raízes, causas e efeitos... combate-lo nas suas mais diversas facetas e impactos nas visões e comportamentos deformados pelas ideologias do ódio e com ódio (racistas, sexistas, fundamentalistas que o promovem). É  tarefa central derrotá-lo... e com tudo o que tenhamos à mão, incluindo a literatura, as artes, o cinema e os “media”. Há que apelar a todas as frentes dignas e em pé de luta, que travem a propagação do discurso de ódio contra os migrantes e contra todos os grupos ditos “minoritários”. Banir o ódio aos líderes sociais, aos movimentos emancipadores, aos líderes de nações progressistas ou revolucionárias. Combater o ódio desencadeado e cultivado nas “redes sociais”. Acabar com o ódio generalizado que ameaça a vontade democrática dos povos.

Banir o ódio criado para sufocar a discordância legítima, a livre expressão popular, o direito a viver sem violência… e, além disso, exigir que cessem os caminhos por onde transita todo o ódio de classe e a violência burguesa disfarçada, também, de “liberdade de expressão”.

Instituto de Cultura y Comunicación / Centro Sean MacBride. UNLA.

Fernando Buen Abad Domínguez

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