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Palavras são armas

“a luta de classes é a mãe de todas as lutas”

Palavras são armas

“a luta de classes é a mãe de todas as lutas”

Como se conduz um rebanho:

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As sondagens como principal agente político, apresentadas como mero trabalho informativo, fazem parte de um dos principais embustes que condicionam os resultados eleitorais.

Na sexta-feira 28, a capa de um matutino, dito de referência, apresentava PS – PSD “lado a lado” havendo no resultado final uma diferença de 15 pontos percentuais e de 46 deputados entre ambos.               

A sondagem é uma artimanha amplamente publicitada, “trabalho” bem pago, que não é tido como fake news e como tal não é punível judicialmente, provocando no entanto malefícios socialmente indeléveis.

É a vara que dirige a manada para o açougue.

EM MEMÓRIA DE VASCO GONÇALVES

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EM MEMÓRIA DE VASCO GONÇALVES

Intervenção de Manuel Begonha em 2022/01/20 na Casa do Alentejo

- Reunião com a Comissão de Honra -

Estamos aqui hoje reunidos para dar início a um difícil combate que torne possível a edificação de um monumento evocativo do General Vasco Gonçalves, o ponto culminante das comemorações do centenário do seu nascimento.

Foi um homem íntegro, de grande cultura humanitária e que lutava por um Portugal melhor, erradicando o elevado grau de pobreza e de ignorância que a todos diminuía. E fê-lo por uma razão muito simples. Punha o seu Povo, a Pátria, acima de quaisquer ambições políticas.

São dele as seguintes palavras:

“A Pátria não é uma entidade abstracta, não é uma entidade mítica, mas é uma entidade concreta, constituída por todo um Povo de carne e osso, que vive dia a dia os seus problemas, que sofre e tem alegrias”.

É necessário que para o futuro fiquem as nossas referências positivas, aquelas que foram justas, porque não se pode perder a vontade de ter coragem, porque há quem por deturpação do pensamento tolere o autoritarismo e o fascismo.

Não devemos esquecer, nem que seja por cansaço ou para não prolongar o sofrimento que o que foi mais cedo ou mais tarde volta com maior virulência.

Põe Shakespeare numa fala de Macbeth:

“Chamuscámos a serpente, não a matámos. Curar-se-á e será a mesma, já a nossa medíocre aleivosia permanece exposta ao perigo da sua antiga presa.”

Por isso nada está feito enquanto não o estiver completamente.

No monumento que pretendemos erguer, o respectivo autor, arquitecto Siza Vieira, não deixa dúvidas sobre os méritos da grande obra que lhe cabe; a necessidade de preservar para sempre e inculcar na nossa juventude a memória dos valores deste homem, aquele que esteve ao nosso lado para subir as montanhas mais difíceis.

Constituirá uma fonte de inspiração, uma mostra de nobreza de carácter, uma vontade de nos afirmarmos detentores de um País livre, sem ter medo e sem a necessidade de os mais pobres terem de pedir uma fatia ao futuro.

Que fique lá bem recordado que os Revolucionários não têm o direito de desistir, nem de admitir desesperar.

Que fique lá que queremos que a luz de Vasco Gonçalves, continue a iluminar o nosso pensamento.

E assim ficará nas nossas mãos esta missão para levar a cabo, certamente com grande esforço, mas que a todos dignificará.

Ciclos alternados (Chile - Portugal)

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Presidente e vice-presidente do novo governo chileno

Gabriel Boric e Camila Vallejo (PC)

11 de setembro de 1973. Pinochet/CIA assassinam Salvador Allende, presidente de um governo composto por socialistas e comunistas.

25 de Abril de 1974, em Portugal é derrubado o regime fascista, militares e o povo criam condições constitucionais para um governo onde os comunistas estiveram representados.

Em 2021 os chilenos elegem um novo governo que inclui na equipa ministerial 3 dirigentes do P C do Chile: Camila Vallejo (PC) – Secretária Geral de Governo, Jeanette Jara (PC) – Ministério do Trabalho e Previdência Social, Flavio Salazar (PC) Ministério da Ciência, Tecnologia, Conhecimento e Inovação.

2021, é eleito para presidente da Câmara Municipal de Lisboa um neoliberal e na campanha em curso para as legislativas promove-se um neofascista.

PS e PSD procuram dar continuidade a uma política combatida em todos os países onde foi enxertada pela força bélico-económica e com o apoio indispensável dos media.

SOCIALISMO OU BARBÁRIE!

Os cata-ventos

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Nunca gostei dos cata-ventos, nem das mangas de vento, muito menos daqueles que umedecem o indicador para saber de que lado sopra o vento que supõem ser de seu interesse pessoal. É gente apagada, que passa despercebida pela falta de personalidade, afirmam pensar pela sua cabeça, nunca tentando saber quem e como lhe colocaram no bestunto o lixo que transportam.

Dizem-se sem ideologia nem partido político com que se identifiquem, no entanto vão votar, mas são incapazes de desvendar em quem.

E é essa mediocridade resiliente, moldável a todos os interesses, que impõe nas urnas os que nos (des)governam, nesta democracia burguesa, húmus da corrupção e do acumular de fortunas e de miséria moral e social em que nos encontramos.

 

Prazer, Camaradas! de José Filipe Costa.

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No âmbito do Ciclo de Cinema Realismos Contemporâneos, apresentamos ao público, no próximo dia 28 de janeiro, pelas 21h00, o filme Prazer, Camaradas! de José Filipe Costa. (Com Eduarda Rosa, Mick Greer e João Azevedo. 1h45min, M/12, 2019). (Trailer AQUI)

“1975 – pós revolução 25 de Abril. Eduarda, João e Mick viajam da Europa do Norte para trabalhar nas cooperativas das herdades ocupadas em Portugal: conseguirão trazer a revolução sexual aos campos de Portugal? Prazer, Camaradas!, o novo filme de José Filipe Costa, é, como diz o realizador, a dramatização ‘das memórias de uma revolução que não foi apenas política, mas também sexual e de costumes’, confrontando as ideias e os comportamentos de estrangeiros e portugueses sobre a intimidade e a vivência da sexualidade.”

Entrada livre. Acesso de acordo com as normas da Direção-Geral da Saúde. Os bilhetes podem ser levantados no próprio dia na receção do Museu do Neo-Realismo a partir das 20h00.

 

PROGRAMAS PS/PSD PARA 2023

«Seriam necessários 84 anos para que o PIB real por habitante de Portugal fosse igual, em euros, ao da U.E»

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Eugénio Rosa

O PS E O PSD SACRIFICAM O CRESCIMENTO ECONÓMICO E A MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE VIDA DOS PORTUGUESES À REDUÇÃO IGNIFICATIVA DA DIVIDA PUBLICA NUM CURTO PERÍODO DE TEMPO:

Seriam necessários 84 anos para que o PIB real por habitante de Portugal fosse igual, em euros, ao da U.E. Um dos objetivos mais importantes nos programas eleitorais do PS e do PSD, ignorado no debate público pelos jornalistas e também pelos outros partidos, é o da redução significativa da divida pública num curto período, e seus efeitos quer no crescimento económico quer na melhoria das condições de vida dos portugueses. E isto porque se aquele objetivo, for absolutizado como aconteceu no período da “troika”, e nos programas destes dois partidos parece ser, os seus efeitos na economia e sociais serão importantes. Em percentagem do PIB, o PS pretende reduzir a divida pública para 116% até 2024, e para 110% até 2026
(pág. 9 do programa), ou seja, cerca de 20 pontos percentuais em apenas 5 anos. E o PSD tenciona baixar a divida pública para 80% até 2030, ou seja, cerca de 50 pontos percentuais em apenas 9 anos (pág. 49 do programa). Em novembro de 2021 (últimos dados disponíveis), segundo o Banco de Portugal, a divida publica, na ótica de Maastricht, era de 269.772 milhões €. 20 pontos percentuais correspondem a 41.281 milhões €, e 50 pontos percentuais são 103.202 milhões € da divida pública atual. A redução da divida pública (DP) em percentagem do PIB pode ser obtida de duas formas ou resultar da combinação das duas, a saber: aumento do PIB, que é o denominador do rácio de DP/PIB, ou através da amortização da divida, o que é só possível congelando a despesa, em termos reais, das administrações públicas ou mesmo fazendo cortes nela.
A EVOLUÇÃO DO DÉFICE ORÇAMENTAL, DA DIVIDA PÚBLICA E DO CRESCIMENTO ECONÓMICO DE 2010-2020Para se poder prever com a proximidade possível o que vai acontecer com um governo PS ou PSD com aqueles
programas eleitorais é útil lembrar, embora sinteticamente, o que se verificou nos últimos 10 anos. No quadro 1, estão dados do Eurostat que permitem uma reflexão mais fundamentada sobre esse período.

VER (AQUI)

“GANHAR DEBATES”... E O RESTO?" - João Pedro Mésseder

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 “GANHAR DEBATES”... E O RESTO?"

(tirado do facebook/Meta)

João Pedro Mésseder 

“Ganhar o debate”? “Perder o debate?” É para isso que servem os debates eleitorais? Uma campanha eleitoral resume-se a isto? Estamos numa corrida?

Para tudo, na vida, uma corrida? Uma competição? É a lei do mercado e do espectáculo também aqui? E os famigerados comentadores? Por que são sempre da direita, da extrema-direita, da área do PS/Livre, neo-liberais ou, simplesmente, gente sem qualidade nem modos, a começar pela forma como fazem uso da Língua Portuguesa? Chamam a isto pluralismo e liberdade de imprensa, não hesitam em usar a horrenda expressão "jogo democrático".

E a vida concreta das pessoas? E os seus problemas, as suas aflições? E as necessidades objectivas, os sonhos legítimos? E tudo aquilo que vai mal ou péssimo e precisa de solução? Na saúde, na habitação, na justiça, no combate à corrupção, nas leis laborais, na política de salários, na precariedade laboral, essa doença incurável... (Com tantos ‘e’s atrás, parece-me isto uma redacção de menino de seis ou sete anos. Deve ser o cansaço, o desespero perante a estranha impressão duma sociedade aturdida, apodrecida, completamente mercantilizada, com os valores às avessas, por vezes lerda, estupidificada pelas televisões, pela imprensa, sei lá por que mais.)

E, já agora, a política cultural? É para continuar o desespero, a ruptura? (Vai mais um drink?) Alguma coisa de novo na política para o Livro e para a Leitura? E para a Língua? É verdade, e a escola... é para se cavar mais fundo o buraco? Alguém fala disto? Não bastam décadas e décadas de asneira política atrás de asneira política, e de arrogância - é preciso que neste cordame de asneira tropece mais gente ainda? O ensino superior é para deixar de levar a sério? Um professor é para deixar de ser um professor? O politécnico é para acabar de vez? As más lideranças, mais abundantes que fungos, são para arrasar de vez com as instituições? Ou seja, o RJIES (Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior, essa flor bolonhesa da iluminada autoria de Vital Moreira e Mariano Gago) é para piorar ainda?

Os dinheiros públicos, os dos nossos impostos, é para continuarem a alimentar lucros de privados, as jogadas e vertigens dos seus gestores-“maravilha”, sem humanismo nem cultura humanística? Na saúde, na educação, na mobilidade, na actividade bancária, na gestão dos recursos naturais, na gestão do património artístico?

Ah, e importa não esquecer os dois grandes projectos, nunca inteiramente confessados, na mente de muito “boa” gente que nas últimas décadas tem governado este país-de-partido-quase-único-bicéfalo: rever e mudar a Constituição e alterar as leis eleitorais. Alterar as leis eleitorais para quê? Está-se mesmo a ver, não é? Para tornar a nossa democracia mais “democrática” ainda: como a inglesa, como a grega, como a italiana, como a norte-americana, esses sistemas de “superior” democraticidade. Isto para garantir que vozes incómodas, defensoras dos interesses de quem vive do seu trabalho, não perturbem a “governabilidade” e a “estabilidade”. Ah, e por falar na Europa... Ui, já basta.

—-

Nestes peditórios, a mim não me apanham.

Alternativa, felizmente, existe.

 

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